Caminha pelas ruas mas não vê nada à sua frente.
Tropeça na lembrança do último beijo.
Entra no Café do Desassossego e continua não acreditando em coincidências.
Pede um expresso. Duplo. Sem açucar que não gosta da vida muito doce mesmo.
Rabisca algumas lágrimas no guardanapo.
Abre a agenda aleatoriamente e planeja seu funeral.
Num só gole, acaba com o café.
Desmarca sua morte e não remarca o dia.
Seca o guardanapo na blusa florida.
Pede um Capuccino com chantilly.
Sai pelas ruas a procura de inspiração.
Pula uma poça e imagina seu próximo quadro.
Atravessa as ruas sorrindo e não vê mais nada à sua frente.
Morre a caminho do hospital.
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