O dia estava ensolarado. O Carro empoeirado e a carta ali, surrada. Leu como se fosse secreta. Riu como fosse surpresa. Chorou como se importasse.






E concluiu mesmo que o "O Mundo é um Moinho". E antes que o mundo reduzisse suas ilusões a pó decidiu tomar uma decisão.

E não haveria Cartola, Noel ou sambista que tirasse sua vontade de ser feliz. Seria feliz. Nem que para isso precisasse fazer aquilo.

Levantou-se e tomou um banho demorado. Colocou aquele perfume que havia ganhado. Se olhou no espelho e decidiu tomar mais um banho, desta vez de banheira. Tudo havia de ser da maneira dela. E ao sair deste outro e ao se olhar e ao se pintar e ao se pentear, resolveu admirar um pouco o lual que ali se encontrava.

Volta ao jardim. Mas não se queixa com as rosas. Apenas as observa e confessa aquele segredo que fazia tempos não admitia. Sei que errei, errei inocente. Aquele "Amor Proibido" não era assim tão proibido, afinal.

E pegou o telefone como fosse uma arma. Uma rosa. Um último suspiro de intraquilidade e... "Olá"

O que se seguiu foi um amontoado de palavras sem muito sentido, embora soubessem aquele sentido maior que ninguém conseguiria explicar. Assim mesmo, confuso.

E marcaram ali, em cima da ponte. E sabiam que se reconheceriam por fora, embora estivessem um tanto mudados por dentro.

Disseram Oi, se abraçaram e beijaram. E concluíram que, afinal, as pessoas não mudam.

2 comentários:

Unknown disse...

.
dos reencontros, o melhor é o que não existe
é o que parece que não é reencontro
o melhor é o que nem sentimos que não teve encontro
é aquele onde esquecemos todos os desencontros
.

Ricardo disse...

//twittei no ciberespaço um sentimento bom. @.com
//Lembranças de viagem: Mamanguá, um fiorde. @.org
//Pensei no fim do mês: Ui. @.fui ...

[]'s Ric

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