Fazer o quê com a falta daquilo que você nunca me deu? Fazer o quê com as criações todas dos meus sonhos (sonhados em conjunto, num conjunto solitário)?



Fazer o quê com a possibilidade criada sozinha, vivida num sofrimento onírico, num momento único, no fundo de um'alma recitada?

Fazer o quê se tenho que voar? Fazer o quê com a tristeza que restar? E como voar sozinho, se o vôo é, em si mesmo, dois caminhos?

Fazer o quê se não sei rezar? Se não sei chorar? Se não sei cantar, andar, falar?  Fazer o quê, se o caminho é você?

Se o céu for mesmo cinza e a exceção for o azul e não o contrário? Se as estrelas todas forem cadentes? Se a Lua for Sol e não aparecer esta noite? Fazer o quê se tudo é noite?

Se a caneta perder a tinta? Se a tinta manchar o papel? Se o papel borrar as palavras?

Fazer o quê se as palavras são sentimentos?


Perder-se num momento e perguntar: Fazer o quê?

1 comentários:

Unknown disse...

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fazer o quê se tudo vira nada sem teu sonho que eu criei?
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