Eu me sento e a luz da lua me ilumina.
Eu me sento e, para falar a verdade, já não há luz que ilumine.
Nem lua. Nem eu nenhum.

Eu me pego pensando nas coisas que fiz.
E concluo que nada fiz. Nada que mudasse o mundo.

Eu me sento e já não há mundo.
Me levanto e me lembro do mestre.

E lembro que a metafísica é apenas a consequência de estar mal disposto.
E me lembro da pequena comendo chocolates. Mas já não há pequenas, nem chocolates.

Uma boa lembrança seriam os chocolates. Um doce sentimento que derreteu.

Eu me sento e me pergunto:

Por onde andará a lua

1 comentários:

.ponto disse...

Me levanto e ilumino a noite.
Noite de muitos, e também de poucos.
Observo quem me observa e em seus olhos...
Bem, em seus olhos não vejo mais nada.

Nem mesmo meu reflexo vejo nos olhos destes tantos,
Nem mais nos dos poucos.
Que triste, me esqueceram.

Eles andam, mas não se movem.
Eles falam, mas nada dizem.
Apenas letras aleatoriamente escolhidas,
jogadas ao ar sem propósito algum.

Morreram todos, ou eu morri e não sei?

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